“Foi Deus quem embelezou o colo da mulher com seios, quem a proveu com um queixo duplo e deu brilhantes cores às suas faces.
Também a presenteou com pestanas que parecem lâminas polidas.
Deus dotou-a de um ventre arredondado e um belo umbigo, e de ancas majestosas; e todas essas maravilhas são sustentadas pelas coxas.
Foi entre estas últimas que Deus localizou a arena de combate; quando dispõe de carne abundante assemelha-se à cabeça de um leão. Chama-se vulva. Oh, quantas mortes de homens jazem às suas portas? E entre eles, quantos heróis?
Deus proveu esse objeto com uma boca, uma língua, dois lábios; é como a marca da pata de uma gazela deixada nas areias do deserto.
O Senhor do Universo conferiu-lhes o poder da sedução; todos os homens, fracos ou fortes, estão sujeitos à fraqueza pelo amor da mulher.
Por intermédio da mulher, temos sociedade ou dispersão, permanência num lugar ou dispersão”.
“Jardim das Delícias”, Xeique Nefzaui (Tunis, séc. XV)
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